Um engenheiro Frances, Maximilian Ringelmann, na década de 1890 necessitava regular a combustão de caldeiras industrias. Para tal desenvolveu um método que leva seu nome – Escala Ringelmann; em uma folha de papel, com tonalidades de cinzas impressas progressivamente – de branco a preto. Expõe-se esta folha contra a fumaça e compara-se a cor. Assim conforme a coloração da fumaça Maximilian regulava o combustível da sua caldeira.
A ideia foi tão boa que além das caldeiras, no início do século 20 começou a ser utilizada como parâmetro para avaliar o funcionamento dos motores dos veículos.
Esta escala é usada até hoje para avaliar fumaça preta. A Resolução CONAMA 08/90 define limites máximos de emissão de poluentes do ar (padrões de emissão) em fontes fixas de poluição; A SEMA 016/2014 também se utiliza da escala Ringelmann para avaliar as emissões atmosféricas de fontes externas e não externas.
O CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito em sua resolução 510/77 – dita a obrigatoriedade da fiscalização das condições de funcionamento dos motores a óleo diesel. Deverá ser aferida a fumaça emitida pelos escapamentos dos veículos utilizando-se da escala Ringelmann, e caso a tonalidade seja acima a 2 este deve ser retido até regularização além de multa.
A Portaria nº 85, de 17 de outubro de 1996 – define os limites de emissão de fumaça preta a para veículos movidos a óleo Diesel, sendo:
“a) menor ou igual ao padrão no 2 da Escala Ringelmann, quando medidos em localidades situadas até 500 (quinhentos) metros de altitude;
b) menor ou igual ao padrão no 3 da Escala Ringelmann, quando medidos em localidades situadas acima de 500 (quinhentos) metros de altitude”, e estabelece outras diretrizes relacionadas ao mesmo contexto”
Atualmente o equipamento utilizado atualmente para definição da cor da fumaça preta é o Opacímetro, bem mais rigoroso que a folha de papel. O opacímetro mede a opacidade, quantidade de material particulado da fumaça emitida por motores a Diesel. É um instrumento portátil composto basicamente por um banco óptico e uma sonda que é inserida no escapamento.
Em diversos empreendimentos pode-se utilizar essa escala para monitoramento de poluição ambiental de maquinários, subsidiando programas para minimização de emissão de poluentes e de gestão ambiental.
Empresas com sistemas de gestão ambiental em processo avançado realizam o monitoramento da sua frota, também realizam a cobrança do monitoramento de fumaça preta dos veículos a diesel utilizados pelas empresas prestadoras de serviços, durante a execução das atividades e vigência dos contratos. Fiscalizam os veículos, onde deverá ser realizada medição periodicamente pelo responsável, utilizando a escala Ringelmann.