É um parâmetro necessário nos estudos de qualidade das águas e tratamento de efluentes. A DQO representa a fração química da água ou efluente. Em suma, nos diz quanto de Oxigênio é usado para degradar a matéria orgânica em meio ácido. Seus valores são geralmente maiores que a DBO, pois devido ao uso de produtos químicos no teste, partes biodegradáveis e não biodegradáveis são consumidas.
Realizar o teste de DQO é importante para a determinação da efetividade do tratamento dos efluentes. Ajuda a diagnosticar e identificar problemas no tratamento até então vigente. É, assim como a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), uma das melhores formas de entender o nível de poluição em que o efluente se encontra.
A DQO, mesmo não tendo valores regulamentados pela CONAMA 430, ainda é um padrão de grande relevância nos estudos envolvidos com a qualidade da água. É um teste que demanda pouco tempo e que resulta na quantidade de O2 necessário para a estabilização da matéria orgânica do respectivo meio.
O procedimento de medição da DQO se resume na oxidação da matéria orgânica. Utiliza-se o dicromato de potássio (K2Cr2O7) como oxidante. Tendo como resultado final dessa oxidação o dióxido de carbono e água. A solução aquosa então é aquecida em constante agitação durante duas horas em temperaturas elevadas para a sua “digestão”. Por fim se avalia a quantidade do dicromato que não reagiu e o titula com uma solução de ferro (II).
Todo o processo citado tem duração de, no máximo, 3 horas.
Entre as vantagens da DQO está o fato dela não ter resultado alterado pela nitrificação. Ela nos dá a indicação, somente, da oxidação da matéria orgânica carbonácea e não da nitrogenada. Ainda sendo citado, também, como grande vantagem o fato de o processo não estar sujeito a tantas variáveis quanto a DBO.
Por ser um dos parâmetros que definem a quantidade de matéria orgânica, a DQO é uma ferramenta indispensável na determinação da quantidade de poluentes na água. Essa análise reflete a quantidade total de componentes oxidáveis presentes no efluentes. Seja carbono ou hidrogênio de hidrocarbonetos; nitrogênio, ou enxofre e fósforo de detergentes.
O resultado final da testagem nos dá uma indicação do oxigênio requerido para a estabilização da matéria orgânica do meio. E, também devem ser seguidos os parâmetros de comparação da legislação federal e estadual até então vigentes para, desta forma, se ficar em “débito quitado” com as obrigações ambientais. Por tais motivos se é importante a verificação da DQO nas ETE, ETAR e esgotos domésticos em geral.