Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) – você sabe o que é? Corresponde à quantidade de oxigênio consumido na degradação da matéria orgânica, no meio aquático, através dos processos biológicos. Noutras palavras: é a quantidade de O2 necessária para que a flora microbiana venha a degradar a matéria orgânica em determinado local.
Tal processo de degradação citado é oxidativo. Ou seja: a DBO é uma medida das demandas respiratórias e que pode ser influenciada por diversos fatores. Entre eles estão: temperatura, pH do meio, quantidade de nutrientes presentes, ou microorganismos envolvidos.
A DBO é um padrão importante no dimensionamento de Estações de Tratamento de Efluentes (ETE). A DBO elevada no meio indica que há muita matéria orgânica presente. E em contrapartida – a DBO sendo baixa: significa que não há poluição envolvida nos mananciais e rios.
A CONAMA, através da resolução 430, confere que deve haver uma redução mínima de 60% na DBO de um efluente antes de ele ser emitido para o ambiente. A testagem para confirmar está avaliação é simples: basta medir a concentração de O2 dissolvido na amostragem retirada do local e estudar o seu decaimento ao longo de 5 dias.
Além disso é interessante, neste cenário, citarmos a Política Nacional dos Recursos Hídricos. Ela confere normativas legais, e trata sobre a qualidade em que a água, que recebeu os efluentes emitidos, se encontra.
Os ciclos biogeoquímicos são naturais e extremamente necessários em qualquer ecossistema, funcionam de maneira autônoma e interligada entre si.
Águas poluídas apresentam riqueza em quantidade de matéria orgânica – exigindo, desta forma, grande demanda de O2, e , por consequência, apresentando elevados níveis de DBO. Fenômenos como a eutrofização dos leitos podem acontecer – acarretando em mortandade do ecossistema inteiro com a proliferação das algas.
Por este motivo que, antes de os efluentes serem lançados, precisam ser tratados para diminuírem a carga orgânica gerada posteriormente. Desta forma – diminuindo os níveis de DBO local.
O significado real da diminuição da DBO em determinado ambiente é o de que todos os efluentes, que nele são lançados, estão sendo corretamente tratados. O lançamento de efluentes fora dos padrões pode gerar o desequilíbrio nos corpos hídricos devido ao alto consumo de O2 da água.
Então, em concordância com a lei, é necessário dar condições ideais aos microorganismos para que eles possam conferir a biodegradabilidade adequada aos seus meios. Uma ETE é , geralmente, dependente da atividade microbiológica que nele está presente.
Por fim é importante frisar, também, que um efluente contaminado provoca irregularidades nas características naturais de um corpo d’água. Atinge diretamente a flora, a fauna e também pode acarretar problemas de saúde à população que consome esta água. Desta forma, controlar os níveis da DBO adotando medidas para sua diminuição são atitudes fundamentais e necessárias para uma ETE.